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Miguel Piedade
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Merengue
A história do Merengue é uma história de escravidão, de reinvenção, de ascensão política e de grande paixão pela música e pela dança que orgulhosamente exibem esse nome. Não é qualquer uma que se torna a dança nacional de um país.
História do merengue
Considerada a dança nacional da República Dominicana, o Merengue tem origens marcadamente crioulas e, remontando aos finais do século XVIII, início do século XIX, é o resultado da fusão entre o Minuet africano e francês. Depois de observar os grandes bailes dados pelos seus “senhores”, os escravos negros reinpretavam essas danças, que consideravam demasiado entediantes, adicionando o batuque dos tambores e passos mais rápidos. Entre 1838 e 1849, esta dança, na altura conhecida como Upa Habanera (Upa de Havana) começou a difundir-se pelas Caraíbas, tendo sido muito bem recebida em Porto Rico. Um dos passos dessa dança chamava-se “merengue” e, quando a novidade chegou à República Dominicana a dança ficou rapidamente conhecida por esse nome. Nessa altura, era a Tumba que dominava as pistas de dança dominicanas e a alta sociedade olhava com desdém para o recém-chegado Merengue, apontando as suas letras – recheadas de conotações sexuais e políticas – como simplesmente vulgares.
Uma ascensão política
Passo a passo, o Merengue foi conquistando o seu lugar e, em 1850, já destronava a Tumba, mas manteve-se uma dança exclusiva das classes média-baixa. O auge da sua popularidade deu-se em 1930 quando Rafael Trujilo – grande fã do Merengue – utilizou essas músicas na sua campanha presidencial. Luiz Alberti escreveu uma letra “decente” para a ocasião e assim nasceu o tema “Compadre Pedro Juan”: aceite por toda a sociedade unanimemente. Tornou-se, a partir de então, na música simbólica da cultura nacional, mas devido à ditadura de Rafael Trujilo o Merengue adoptou durante, as três décadas seguintes, uma postura e um som mais sóbrio. Renasceu em 1961 com o assassinato de Trujilo e, ao ser exportado, o Merengue ganhou novo fôlego com as influências do rock e R&B americano, bem como alguns elementos da Salsa cubana. A paixão pelo Merengue é ainda partilhada pelos povos de Porto Rico, Haiti, Venezuela e Colômbia.
Lendas dançantes
Não é todos os dias que descobrimos lendas fabulosas por de trás de um determinado estilo de dança. Embora não saibamos se se trata de facto ou ficção, a verdade é que são histórias divertidas que talvez possam ter influenciado a forma de dançar Merengue. A primeira lenda conta que esta dança começou com os escravos que, acorrentados uns aos outros, viam-se forçados a arrastar uma perna para poderem trabalhar nos campos de cana-de-açúcar. A segunda fábula diz que um dos grandes heróis de guerra da República Dominicana foi lesionado numa perna e quando regressou à sua terra natal, a comunidade recebeu-o com uma enorme festa. Com respeito pelo que lhe tinha acontecido, todos dançaram como ele: a coxear e a arrastar uma perna! Há quem diga ainda que o Merengue foi buscar a sua designação ao doce com o mesmo nome (em português são os suspiros) – leve e doce, tal como a dança.
Mário Neto
Salsa
Salsa, uma palavra espanhola que significa literalmente “tempero” ou “mistura”, é também o nome de uma dança que, com origens em Cuba, tem ainda influências de vários outros países e danças. Uma mistura de estilos, géneros e passos que fazem desta “salsa” uma verdadeira delícia.
Primeiro veio a música
É impossível desassociar uma dança da sua música e, no caso da Salsa, os seus acordes já se tocavam no século XVI sob o nome “som cubano” e ganharam grande popularidade a partir do século XIX. Uma mistura enérgica de música espanhola com ritmos e instrumentos africanos que mostrava bem o resultado que foi trazer escravos africanos para as plantações dos colonos espanhóis.
Depois veio a dança
Tal como a música que lhe servia de mote e de inspiração, a Salsa original é uma descendente directa de diversas danças cubanas, caso do Mambo (derivou das contradanças espanholas do século XVIII), Rumba (baseada nos ritmos africanos) e Cha Cha Cha (nasceu na década de 50 depois de efectuadas algumas alterações ao Mambo). Recebeu ainda influências porto-riquenhas graças à Bomba e à Plena; uma pitada de Merengue, que chegou da República Dominicana; um cheirinho de Calipso, que veio da Trinidad e Tobago; um bocadinho de Cumbia, direitinha da Colômbia; rock norte-americano e reggae jamaicano q.b. Hoje, este género de dança continua a absorver outros sons tão distintos como o jazz, o rap ou o techno, existindo várias formas de dançar Salsa, dependendo muito do país onde se estiver.
Um nome, múltiplas facetas
Oficialmente apresentada em Nova Iorque na década de 70, a Salsa como é conhecida hoje – uma dança latino-americana – nasceu pelas vozes e pés de um grupo de jovens músicos, os porto-riquenhos Irmãos Lebron. A ideia era criar uma verdadeira miscelânea de sons e ritmos variados, quentes e exóticos para se criar então esse tal “tempero”… Foi também nesta altura que essa dança foi baptizada com o nome Salsa – uma palavra escolhida precisamente para denominar todos os ritmos latinos e afro-caribenhos, porque eram tantos e pareciam pertencer todos ao mesmo grupo. Era também menos confuso para todos – quem o dizia era a editora discográfica Fania que ficou conhecida para a história como a “Motown Latina”.
Pelo mundo a “salsar”
De Nova-Iorque para o mundo foram apenas alguns passos e, sendo uma dança com muita liberdade de movimentos e algum improviso, levava na bagagem cada vez mais influências de outros países e povos. Entre Cuba, Estados Unidos, Porto Rico, Venezuela, Colômbia, República Dominicana, México, Argentina, Brasil, Europa e até Japão, a Salsa acrescentou ao seu perfil de dança de rua machista e forte, uma vertente sensual e erótica que completa a visão que temos desta dança actualmente: um símbolo de flexibilidade e evolução em plena pista de dança.
Dançar salsa
Embora a Salsa que se dança em Miami não ser a mesma que em Cuba, no Brasil ou na Argentina, esta dança tem, contudo, algumas características muito próprias. Realizada quase sempre em par e com recurso à própria música salsa – ritmos de percussão rápidos e complicados, com cerca de 180 batidas por minuto, piano e mais que uma voz – a Salsa acaba por ser bastante semelhante ao Mambo, principalmente no número de passos que marcam a dança e, consequentemente, alguns movimentos. No entanto, a Salsa acabou por incorporar muitas voltas – o que a distingue claramente do Mambo – e, ao contrário deste, cujos movimentos são executados no sentido “para a frente e para trás”, a Salsa é dançada para os lados e numa área fixa da pista.
Movimento sexy
Quando se dança Salsa, os bailarinos estão ligeiramente separados e mantêm todo o seu peso na ponta dos pés. A mão direita da mulher e a mão esquerda do homem podem estar dadas ou entrelaçadas, enquanto a mão direita do homem é pousada no ombro esquerdo da mulher ou, em alternativa, na sua anca. O braço esquerdo da mulher deve estar levemente apoiado no do homem. Apesar do passo de Salsa ser mais compacto, é extremamente relaxado, permitindo uma liberdade fluída e sensual. Os movimentos das ancas, principalmente dos homens, são igualmente tranquilos, até subtis. Os movimentos dos braços conferem à Salsa uma naturalidade e beleza únicas, desde que acompanhem, de forma instintiva, o movimento do corpo.
Há quem diga que aprender Salsa não é fácil e que é preciso crescer no meio desta dança ou então “senti-la” verdadeiramente, mas não há nada como experimentar… e é aí que está grande parte do divertimento!
Mário Neto
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Os cinco elementos do Hip-Hop
Cinco pilares
DJ (disc-jockey) http://pt.wikipedia.org/wiki/DJ
Operador de discos, que faz bases e colagens rítmicas sobre as quais se articulam os outros elementos, hoje o DJ é considerado um músico, após a introdução dos scratches de GradMixer DST na canção "Rock it" de Herbie Hancock, que representa um incremento da composição e não somente um efeito. O breakbeat é a criação de uma batida em cima de composições já existentes, uma espécie de loop. Seu criador DJ Kool Herc desenvolveu esta técnica possibilitando B.Boys a dançarem e MCs a cantarem. O Beat-Juggling já é a criação de composições as pelos DJ nos toca-discos, com discos e canções diferentes. Há diversos tipos de DJs: o DJ de grupo, de baile/festas/aniversários/eventos em geral e o DJ de competição. Este por sua vez, faz da técnica e criatividade, os elementos essências para despertar e prender a atenção do público. Um DJ de competição é um DJ que desenvolve e realiza apresentações contendo scratchs, batidas e até frases recortadas de diferentes discos (samples). Esses DJs competem entre si usando todo e qualquer trecho musical de um vinil.
Rapping http://pt.wikipedia.org/wiki/Rap
O rap é um ritmo de música parecido com o hip hop, que engloba principalmente rimas, e é um dos cinco pilares da cultura hip hop. A tradução literal de rap é Rhythm and Poetry,[14] ou seja, uma poesia feita através de rimas, geralmente feitas em uma velocidade superior à do hip hop, tendo como exemplo o grupo The Last Poets.[15] O rap na maioria das vezes é feito sem acompanhamento de nenhum instrumento, ou simplesmente um DJ mixer.
MC (master of cerimonies) http://pt.wikipedia.org/wiki/MC
Mestre de Cerimônia, é o porta-voz que relata, através de articulações de rimas, os problemas, carências e experiências em geral dos guetos. Não só descreve, também lança mensagens de alerta e orientação, o MC tem como principal função animar uma festa e contribuir com as pessoas para se divertirem. Muitos MCs no início do hip-hop davam recados, mandavam cantadas e simplesmente animavam as festas com algumas rimas. O primeiro MC foi Coke La Rock, MC que animava as festas de Kool Herc.No Brasil os primeiros rimadores foram Jair Rodrigues, Gabriel o pensador entre grupos como balinhas do rap, Thaíde e DJ Hum, Racionais Mcs.O MC é aquele que através de suas rimas mostra as varias formas de reivindicação, angustias e injustiças com as classes socias mais desfavoraveis mostrando o poder da transformação.
Break dance http://pt.wikipedia.org/wiki/Breakdance
Break Dance (B-boying, Popping e Locking), por convenção, chama-se todas essas danças de Break Dance. Apesar de terem a mesma origem, são de lugares distintos e por isso apresentam influências das mais variadas. Desde o início da década de 1960, quando a onda de música negra assolou os Estados Unidos, a população das grandes cidades sentia uma maior proximidade com estes artistas, principalmente por sua maneira verdadeira de demonstrar a alma em suas canções. As gangues da época usavam o break para disputar território, a gangue que se destacava melhor era a que comandava o território. A dança é inspirada nos movimentos da guerra.
Expressão plástica, o grafite representa desenhos, apelidos ou mensagens sobre qualquer assunto, feitas com spray, rolinho e pincel em muros ou paredes. Sendo considerado por muitos uma forma de arte, diferente do "picho", que têm outra função de apenas deixar sua marca, o grafite é usado por muitos, como forma de expressão e denúncia.
RUDI AGEU
O Aumento da Capacidade Cognitiva Através do Movimento Coreográfico
A dança é considerada uma arte milenar que vem se desenvolvendo através dos anos e envolvendo áreas de estudo. Uma destas é a área cognitiva, que na dança coreografada está presente, pois exige concentração e coordenação motora. Com isto é provável que haja melhoria na capacidade cognitiva do praticante.
Com a preocupação em estudar as áreas da cognição que a dança abrange, é que serão aplicados testes para avaliar a capacidade cognitiva de uma determinada população em um determinado tempo e reavaliados algum tempo depois, após terem praticado e recebido informações que apresentem algum tipo de mudança em suas funções.
Desde os seus primórdios a dança coreografada discute temas como a dualidade técnica x expressão e ao decorrer da história houve uma preocupação com a estética dos movimentos, então a dança passa a ser apresentada em palcos como forma de espetáculos ou seja ela começa a se verticalizar. Com sua saída dos salões e sua ida aos palcos, e sendo executada por bailarinos profissionais, a dança agora explora mais o espaço, tanto horizontal, quanto verticalmente (PEREIRA, R. , p-55).
A visomotricidade e a motricidade fina são indispensáveis para a aquisição das técnicas culturais (GUTEZEIT, 1976).
Não somente como cultura, mas também como atividade física, a dança necessita da capacidade cognitiva, como concentração e coordenação motora, por parte seus praticantes, sejam eles profissionais ou apenas alunos de alguma escola ou academia.
A dança coreografada melhora o raciocínio da criança?
Se considerarmos a dança como uma predisposição herdada que se manifesta em diversas formas de movimento e em diferentes grupos humanos e a associarmos, com todo o seu potencial de energia, a outros fenômenos da civilização, sua história poderá se constituir num fator de enorme importância para o estudo da espécie. (Sachs, Curt)
Tais estudos podem ser realizados em qualquer área que a dança envolve, e a cognitiva é a principal a ser abrangida nesse estudo, pois baseado nos testes cognitivos que serão aplicados, poderá ser respondida a questão levantada a respeito do aumento da capacidade cognitiva através da dança.
Desta forma poderá ser identificado também algum tipo de dificuldade no aprendizado, por parte de algum avaliado, pois o teste possibilita a tanto identificação de capacidade cognitiva aguada quanto um déficit nessa área do cérebro da criança.
Para a identificação de tais mudanças na cognição da criança através de movimentos coreografados será utilizado o “Teastprotocoll Köperkoordinationstest für Kinder” (KTK) “Teste de Coordenação Motora para Crianças” método alemão para se avaliar aspectos da cognição da criança, como: coordenação motora, equilíbrio, agilidade lateralidade, desvio de comportamento (hiperatividade), lesão cerebral e coeficiente de inteligência.
O desenvolvimento causado pela dança forma crianças e adolescentes auto-suficientes. A participação de um profissional de Educação Física ajudando nas propostas infantis deve servir como estímulo para que as crianças desenvolvam suas próprias idéias, criando assim uma auto-suficiência. Porém é importante que a criança sinta-se observada, como acontece quando a dança é praticada no palco, para que ganhe mais confiança em si mesma.
O ritmo, a música, a dramatização, a dança são reveladores do que não se consegue exprimir. Essa é uma das razões que levou as escolas modernas a adotarem a dança no aprendizado. A dança é essencial para a expressão dos sentimentos que é feita através da expressão corporal e facial e também para o desenvolvimento psicomotor da criança.
O desenvolvimento psicomotor abrange o desenvolvimento funcional de todas as partes do corpo. Geralmente este desenvolvimento está dividido em vários fatores psicomotores. Segundo Fonseca (1995), apresenta 7 fatores, os quais são a tonicidade, o equilíbrio, a lateralidade, a noção corporal, a estruturação espaço-temporal e praxias fina e global.
Encontra-se nessa pesquisa a possibilidade de resposta à problemática estabelecida, empenhada em construir a ponte entre o conhecimento e o desenvolvimento da capacidade cognitiva. As grandes funções mentais como atenção , sensações perceptivas, a imaginação, a originalidade e o raciocínio são exercitados e desenvolvidos através do movimento coreográfico.
O movimento coreográfico, pelo poder de criador que neles executam, desenvolve certos aspectos da atenção dos alunos, levando-os a uma melhor observação de certas situações e nelas intervindo. Diferentemente dos movimentos executados a todo momento, o movimento coreográfico desenvolve a criatividade do aluno.
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